quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mesquita discute políticas públicas para mulheres





FOTOS: J.C. MARINHO



Mesquita realizou no último sábado, dia 27, a 3º edição da Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres. Organizada pela Coordenadoria Municipal dos Direitos da Mulher de Mesquita (Comdim) - órgão ligado à Secretaria de Mobilização Social e Integração Governamental (Semosig) -, a conferência aconteceu no Auditório Apolônio de Carvalho, na sede administrativa da prefeitura (Dinâmica), em Rocha Sobrinho. E contou com a participação do prefeito da cidade, Artur Messias, e de diversas autoridades políticas locais, como as secretárias de Educação, Maria Fátima de Souza Silva; de Assistência Social e Trabalho, Márcia Brandão; e de Meio Ambiente, Kátia Perobelli, além de representantes da Superintendência de Direitos da Mulher do Estado do Rio de Janeiro (Sudim) e do Centro Integrado de Atendimento à Mulher (Ciam Baixada). "Me sinto orgulhosa por participar de uma mesa composta exclusivamente por mulheres. A participação das mulheres na política é cada vez mais intensa e prova disso é que a maioria das principais secretárias do município estão nas nossas mãos", valorizou a secretária de Educação.

Durante o evento, além de discutirem políticas públicas voltadas à discussão da igualdade e ao debate direcionado para o tema deste ano da conferência, "Autonomia para as mulheres e combate a extrema pobreza, por um Brasil mais justo”, os presentes também puderam conferir alguns dados surpreendentes. Como, por exemplo, que no Brasil há cerca de 98 milhões de mulheres e 93 milhões de homens. No município de Mesquita, elas também são a maioria. Dos 168.376 habitantes, 85.586 são do sexo feminino, enquanto 79.790 são do masculino. Uma discussão unânime durante o encontro foi a questão da situação da mulher no mercado de trabalho. Segundo a psicóloga Daise Rosas, além dos salários que as mulheres recebem serem menores, esse número cai ainda mais quando se tratam de pessoas negras. E a questão profissional chega, inclusive, a influenciar o número de vítimas de violência doméstica. "Mulheres que não são economicamente ativas são as que mais sofrem com agressões em casa", alertou Daise.
A secretária Márcia Brandão aproveitou para mostrar, através de números, que as mulheres são as que mais têm o poder dos benefícios do Bolsa Família concedidos à população carente do município. "Das 8.321 famílias beneficiadas, 7978 têm as mulheres como as responsáveis por receber essa ajuda", explicou a secretária de Assistência Social e Trabalho. Já Kátia Perobelli, secretária de Meio Ambiente, fez questão de frisas que "meio ambiente é uma questão de vida, não só de plantar árvores", e mostrar como as mulheres vêm se destacando nas atividades ligadas à questão ambiental. Principalmente no bensucedido Programa de Coleta Solidária. Mesquita já conta com três cooperativas formadas e está formando outras três. "São Pessoas que não são funcionárias da prefeitura. Toda a venda é feita por eles e a renda é feita em forma de cooperativa para os grupos", explicou a secretária, que recentemente teve o orgulho de ver uma de suas catadoras receber o 1º lugar no Rio de Janeiro no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios e o 3º lugar nacional. Vale lembrar também que as três cooperativas existentes no município são presididas por mulheres.






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