Foto: Luiz Alan
Pioneiro no acolhimento de adultos e idosos em situação de risco, que tiveram seus vínculos familiares e sociais rompidos, Mesquita iniciou as obras da nova sede da Casa Abrigo Andréa Guimarães, que é o único abrigo da Baixada Fluminense, inaugurado em 2009.
Através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semas) e da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), a Prefeitura de Mesquita realizou nesta quarta-feira, dia 4 de julho, a cerimônia de lançamento da pedra fundamental da nova casa de acolhimento, que ficará localizada no bairro Maria Cristina, próximo ao Hospital da Mãe.
Entre as autoridades presentes se destacaram o prefeito Artur Messias; o vice-prefeito Paulinho Paixão; a secretária da Semas Márcia Brandão; o secretário da Semosp Giovanni Guidone; além de moradores e funcionários da Casa Abrigo e a população civil.
A obra foi orçada em R$1,3 milhões e está prevista para ser inaugurada em dezembro, com capacidade para atender até 45 pessoas. As novas instalações da casa terão dormitórios femininos e masculinos, refeitório e banheiros, assim como a antiga sede. A novidade é que o novo abrigo vai receber uma quadra poliesportiva, além de um jardim e uma área de triagem. O vice-prefeito Paulinho Paixão iniciou a cerimônia destacando a iniciativa da secretária da Semas, Márcia Brandão. “Essa obra é de grande colaboração para o desenvolvimento da cidade, pois é um investimento na pessoa e demonstra todo nosso respeito com o cidadão”, afirma.
Pensando no bem estar dos moradores do abrigo, todos os acolhidos passam por exames gerais patológicos, para que doenças transmissíveis possam ser diagnosticadas. “Acolhemos pessoas que moravam nas ruas. Quando eles chegam, não sabemos nada sobre o seu histórico de saúde. Essa área de triagem existe para que possamos garantir o bem estar do próximo. Somente após a realização de todos os exames, eles passam para a convivência coletiva. Nossa ampliação prioriza um atendimento de qualidade”, garante Márcia Brandão, que sempre recebeu elogios do Ministério Público pelo serviço prestado na Casa Abrigo Andréa Guimarães.
A Casa Abrigo Andréa Guimarães funciona em uma casa alugada (Rua Júpiter, nº785, no Centro) e não possui estrutura adequada para o atendimento segundo as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, a população abrigada recebe moradia por até nove meses. As equipes de psicólogos e assistentes sociais da unidade buscam a reintegração dos moradores com suas famílias, dando acompanhamento psicossocial, tendo como meta a reintegração ao convívio familiar e social.
Os moradores da Casa Abrigo Andréa Guimarães também são encaminhamento para programas de alfabetização de jovens e adultos (EJA), cursos e oficinas de geração de trabalho e renda, visando à qualificação profissional para o alcance da autonomia dos abrigados. Segundo o morador Adriano de Souza, o atendimento que recebe na casa é excelente. “Eu era considerado uma pessoa derrotada por todos da comunidade. A construção desse abrigo é um exemplo de amor ao próximo. Sou grato a todos que estão comprometidas a fazer o bem”, conta o jovem que sofre com distúrbios mentais.
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