quinta-feira, 4 de novembro de 2010

FECHADO POR FALTA DE MÉDICOS HOSPITAL DE MESQUITA NÃO VOLTARÁ A FUNCIONAR

O Hospital Municipal Governador Leonel de Moura Brizola (antigo Hospital São José), de Mesquita, não vai funcionar mais. Os portões foram fechados ontem (04/11) às 19h. A decisão partiu da Secretaria Municipal de Saúde em decorrência da falta de médicos para trabalhar na unidade. Segundo o secretário municipal de Saúde, Alexandre Olivares, dos 70 médicos que atuavam no hospital, apenas 14 permaneceram e foram encaminhados a outras unidades municipais. A maioria pediu demissão, alegando “baixo” o salário em torno de R$ 5 mil, pago através da prefeitura. “Era um risco funcionar sem médicos”, disse. Olivares assegurou ainda que o hospital não voltará a funcionar. A expectativa da prefeitura é a inauguração da UPA 24h, construída no Bairro Edson Passos, próximo a estação ferroviária, prevista para o mês de dezembro. Três pacientes permanecem internados, assistidos por uma enfermeira de nível superior e médicos da Samu.

A UPA de Mesquita será municipalizada e por isso, a prefeitura receberá cerca de R$ 500 mil mensalmente para administrá-la. “Não tínhamos como pagar um salário de R$ 12 mil a um médico, como os que trabalham nas UPAs estaduais. O hospital municipal não recebia repasses, funcionava apenas com recursos repassados da arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Com o repasse que a UPA receberá poderemos chegar mais próximo do salário desejado pela categoria. Mas conversaremos com o Estado para estudar a não municipalização de nossa UPA”, afirmou o secretário. Alexandre Olivares lembrou que o prédio onde funcionava o hospital, na Avenida União, s/º, Bairro Santa Terezinha, deverá retornar ao seu proprietário, a partir do próximo ano. A unidade que já funcionou como hospital escola na década de 80, estava emprestada a prefeitura e pertence à Universidade de Nova Iguaçu (Unig).

Há 15 dias, a prefeitura anunciou a disponibilidade de 60 vagas, para contratação de médicos por tempo indeterminado, mas não houve procura. O hospital atendia cerca de 350 pessoas diariamente no pronto atendimento, em Clinica Geral, Pediatria, Cardiologia, Ortopedia e maternidade de baixo risco. A prefeitura administra 35 unidades de saúde e 14 equipes do Programa de Saúde da Família (PSF). Também em construção na cidade, no Bairro Maria Cristina, o Hospital da Mãe, uma parceria entre a prefeitura e os governos estadual e federal, com inauguração prevista apara o início do próximo ano.

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