O tema faz uma abordagem sobre as pessoas que necessitam utilizar bolsas coletoras de fezes e urina.
A Coordenadoria dos Direitos da Mulher de Mesquita (Comdim) promoveu na tarde de hoje, dia 5 de março, uma palestra com a presidente da Associação Brasileira de Ostomizados (ABRASO), Cândida Carvalheira. O evento faz parte das atividades que a prefeitura está realizando em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.
O encontro reuniu mulheres e homens na Igreja do Nazareno para abordar “Os direitos da mulher ostomizada e a luta das mães e esposas de ostomizados”. O tema (ostoma) trata de uma cavidade abdominal realizada através de cirurgia para a saída das fezes e urina. O ostoma possui vários tipos, pode ser temporário ou definitivo e não pode ser controlado, o que obriga a utilização de uma bolsa coletora, que hoje é um direito para que os ostomizados possuam qualidade de vida.
A palestra contou ainda com a presença da coordenadora da Comdim, Judite Mendonça e da subsecretária de Saúde de Mesquita, Felisbela da Costa. Cândida Carvalheira, ostomizada há mais de 30 anos, abordou sobre sua experiência e militância que buscou ao longo dos anos para conquistar políticas públicas a favor dos milhares de ostomizados no Brasil. “Quando o médico me operou, ele me sugeriu a aposentadoria por invalidez. Mas o ‘não’ para mim não existe. Busquei melhorar a minha qualidade de vida e foi o que conquistei. Antes da cirurgia eu era alienada, não sabia nada sobre os direitos da mulher. Hoje sou reconhecida pela minha luta na ABRASO”, disse.
Durante sua explanação, Cândida explicou sobre os avanços nas políticas públicas conquistados para a reabilitação. Hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) é obrigado a fornecer as bolsas coletoras e passe livre. Além disso, os ostomizados foram reconhecidos como pessoas com deficiência, o que garante cota para trabalho, estudo e benefício previdenciário.
Mas apesar de ser uma garantia estabelecida através de lei federal, Cândida Carvalheira afirma que o Estado do Rio de Janeiro está com dificuldades para distribuir as bolsas para todos os pacientes. Segundo a subsecretária de Saúde, Mesquita possui 78 pessoas ostomizadas. “Atualmente, a verba destinada para os pacientes de Mesquita é enviada para Nova Iguaçu. Vamos trabalhar para que seja criado um polo de atendimento na nossa cidade e assim, poder oferecer um serviço mais eficaz e com mais conforto”, finalizou Felisbela da Costa.
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